(…) Neste estudo, o Autor analisa juridicamente o efeito jusprocessual do modo de obtenção da prova no resultado do próprio processo, sobretudo quando a apresentação ou a produção da referida prova viole direitos fundamentais. Isto é, busca responder à seguinte pergunta: em Processo Civil o uso de prova ilícita pode conduzir a resultados lícitos? No fundo, tal como sintetiza na frase de Ovídio citada nesta obra, o Autor discute se em matéria da prova em Processo Civil os fins justificam os meios – e se sim, em que termos? Portanto, nesta obra “A Prova Ilícita no Processo Civil Moçambicano – Da Problemática da Colisão de Direitos Fundamentais”, o Autor revela- nos, através do método jurídico, um percurso dogmático enriquecedor que conduz o leitor à resposta ao complexo problema objecto deste estudo. Como corolário, é interessante perceber, a final, que entre as correntes doutrinárias que pugnam pela total invalidade da prova ilícita em Processo Civil e as contraditórias, de cariz mais liberal, que defendem a validade absoluta dessa prova em homenagem à verdade material; o Autor optou por um moderado tertium genus (terceira via), fazendo jus ao ditado que reza que a virtude está no meio (virtus in medium est). (…) In Prefácio GILBERTO CORREIA (Advogado, Jurisconsulto e Docente Universitário)